sexta-feira, 2 de maio de 2008

INTOXICAÇÃO POR CHOCOLATE EM CÃES
Sempre que chegam épocas festivas como Natal, Reveillon e Páscoa, sem contar os aniversários e outros temas afins, nós, Médicos-veterinários alertamos nossos clientes que eles devem evitar dar guloseimas dessas festas para seus cães ou gatos.
Na época da Páscoa, onde “brota” chocolate por todo canto, é a fase crítica para intoxicação por chocolate em cães!! Chocolate não faz bem à cães. É muito perigoso e pode levar ao coma e até mesmo à morte.
O chocolate tem em sua composição uma substância chamada Teobromina (encontrada no cacau), que são rapidamente absorvidas após ingestão oral e são estimulantes poderosos do sistema nervoso central e do coração. A Teobromina provoca um intenso aumento no trabalho muscular cardíaco associado à uma grande estimulação do cérebro, ocasionando arritmias cardíacas graves em cães.
A concentração dessa substância no chocolate pode ser de 3 a 10 vezes maior do que na cafeína, por exemplo e a quantidade dela para intoxicar gravemente um cão é calculada em torno de 100 a 200 mg/kg. Porém, há relatos de sintomas de intoxicação, como vômitos e diarréia, com ingestão de apenas 20mg/kg; e também há relatos de sintomas de efeitos cardiotóxicos com ingestão de 40 a 50 mg/kg de chocolate. Há, ainda, relatos de efeitos drásticos com a ingestão não só de chocolate em barra, mas também de chocolate em pó dissolvido em leite e oferecido à cães.
Geralmente, os efeitos clínicos dessa intoxicação são percebidos entre 6 a 12 horas após a ingestão do chocolate. Os sintomas iniciais são: aumento da ingestão de água, vômito, diarréia, dilatação abdominal e inquietação (incômodo, agitação). O quadro pode evoluir para hiperatividade, aumento do volume urinário, ataxia, tremores e estado de apreensão. E, mais fatidicamente, aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia), aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia), azulamento das mucosas (cianose – falta de oxigenação nos tecidos), hipertensão, aumento da temperatura corpórea e o quadro pode, enfim, evoluir para hipotensão, queda da temperatura corpórea, coma e morte.
Ainda há o fato de que, como o chocolate possui grande quantidade de gordura, o pâncreas também sofre importantes danos.
O tratamento é difícil, objetivando a estabilização das funções vitais do organismo de acordo com a sintomatologia que está ocorrendo.
Bom, como os casos de ingestão de chocolate podem ocasionar fins drásticos, o melhor é evitar que seu cão coma chocolate. E essa dica não está restrita apenas à época da Páscoa, mas à todos os dias do ano.

Alimantação

O organismo dos animais em geral e dos cães em particular, quando privados em sua alimentação de algum elemento dietético necessário ao seu bom desenvolvimento corporal (físico), faz com esses animais procurem na natureza aquilo que esta lhes faltando na alimentação. Quando lhes faltam por exemplo: Cálcio ou Fósforo - comem terra, lambem parede, ou objetos de barro como moringas, potes, etc. É essa a chamada fome específica, não mais presente entre nós humanos (perdemos essa característica pela nossa chamada Civilização), porém, entre os animais ela e evidente e facilmente comprovada. Uma boa alimentação deve conter todos os elementos necessários ao desenvolvimento harmônico do corpo do animal, e em geral uma ração balanceada de boa qualidade contem todo o necessário.
Devido o rápido desenvolvimento corporal dos cães, bastando para realçar esse fato citar-se que um cão atinge seu completo desenvolvimento e maturidade com apenas 1 e meio a dois anos, torna necessário portanto, que os cães sejam alimentados de forma intensiva, principalmente em sua primeira infância (do nascimento ate os 4 meses de idade), e que essa alimentação seja balanceada (contenha todos os elementos necessários, tais como sais minerais, aminoacidos (proteínas), essenciais, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e micro-elementos em geral). Resumindo, a ração (comida), além de completa em seus constituintes deve ser também na quantidade necessária (nem excessiva que possa causar obesidade, nem insuficiente que venha causar outros malefícios decorrentes.
Esse preambulo foi necessário, a fim de ser entendido no que procurarei agora explicar, quanto ao fato da maioria dos filhotes cães, apresentarem esse habito de roerem objetos que lhes estejam ao alcance, como sapatos, chinelos, pés de mesa, brinquedos de crianças que lhes sejam acessíveis, etc.
HABITO DE ROER: Surge as vezes quando o cão é recém desmamado (30 a 45 dias de idade), e nesses casos duas razões são as determinantes:
Ou a alimentação esta incompleta em seus constituintes, ou a sua quantidade é insuficiente.
Alguma doença concomitante, como verminose, que está determinando como participarão pelos vermes contidos em seu aparelho digestivo na sua alimentação. Em alguns casos, muito especiais, pode existir alguma causa orgânica ou fisiológica, que esteja impedindo a perfeita assimilação do alimento, que embora sendo servido ao animal, este ano tem capacidade para sua assimilação e aproveitamento para seu desenvolvimento.
No primeiro caso anterior, basta corrigir o que estiver errado na alimentação, ou substituindo a qualidade da ração ou sua quantidade. Já no segundo, o tratamento para correção desse habito, basta ser administrado o vermífugo indicado, quando a causa seja uma verminose, ou tratamento da moléstia nos caso. Por ocasião da muda da dentição de leite pela permanente, ocorre freqüentemente também esse hábito de roer, motivado pela irritação causada às gengivas pelos novos dentes aflorando e empurrando os dentes de leite. Recomenda-se em todos os casos, prévio exame parasitológico de fezes, para saber-se as espécies de vermes que estejam parasitando o animal, afim de possibilitar a administração do vermífugo que melhor se preste para tal verme parasita.
O habito de roer, aparece na maioria dos casos, por ocasião da muda dos dentes (entre 3 meses e meio até 6 meses de idade, variável conforme a arca do animal). Os dentes da dentição definitiva nos cães, que estão para vir substituir a primeira dentição (chamada de leite), ao irromperem na gengiva provocam dor e forte necessidade do cão morder, e para isso e necessário algum objeto duro, motivo pelo qual os cães nessa idade procuram alguma coisa para isso, e habitando nossas casas , serão os objetos que lhes estejam acessíveis, tais como nossos chinelos, pés de mesa, etc !!! O que fazer nesse caso? Simplesmente fornecendo-lhes algo de consistência dura e firme, como um osso ou mesmo algum objeto de borracha, como fazemos com nossos bebes nessa fase, dando-lhes chupetas ou o clássico anel de borracha para ser mordido.
O dono do cão, com ele convivendo e assim tendo oportunidade de o observar dioturnamente, e a pessoa mais indicada para informar ao profissional Veterinário os hábitos do seu cão, e assim, orientar da melhor forma de corrigir esse habito da infância , que caso ano seja corrigido quando o cão e ainda jovem, dificilmente o será na idade adulta, pelo fato de na idade adulta quando não corrigido na infância, haver se tornado efetivamente habito !!!
Recomenda-se portanto aos proprietários de cães duas coisas:
Observação de como o habito se instalou e as possíveis causas determinantes (alimentação, muda de dentes?)
Quais os alimentos (ração) dados ao animal? E suas quantidades nas diferentes épocas de seu desenvolvimento?
Com essas informações um Veterinário competente tem os meios para o diagnóstico da causa, e correção (quando possível) do vicio.

Alimantac

Cães

Aspectos Importantes da Nutrição Canina

"Amigo leitor, cabe aqui fazer uma advertência. O intuito de todos os textos por mim escritos é tratar da fisiologia e necessidade nutricional dos animais, de modo a trazer a você conhecimento para que possa proporcionar ao mascote a melhor qualidade possível de vida. Não cabe a mim, assim como ao Portal Saúde Animal, promover ou defender o uso deste ou daquele tipo de alimento. Recomendamos enfaticamente que procure a opinião de profissionais reconhecidamente idôneos e gabaritados e busque promover a melhor qualidade de vida possível ao seu animal de estimação."
Seria inviável escrever um texto completo sobre nutrição. Por isso, esse texto foi elaborado de forma a dar "dicas" sobre os assuntos que devem ser estudados e aprofundados pelo leitor, que perceberá, em determinadas partes, certa superficialidade, intencional de nossa parte. A Nutrição Animal é um assunto extenso e apaixonante, que merece consideração de todos os proprietários. Conte com o Portal Saúde Animal para esclarecer suas dúvidas

Cães

Alimentação das cadelas durante a gestação

Quando se pensa em acasalar uma cadela, um fator muito importante deve ser levado em consideração: a alimentação, já que das boas condições físicas da mãe dependerá o nascimento de uma ninhada forte e saudável. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo do acasalamento e prosseguirem, pelo menos, até o desmame dos filhotes, pois a cadela precisará de muita energia durante a amamentação.
A fêmea não deve estar gorda quando cruzar e não pode receber gorduras na alimentação. A obesidade em uma cadela grávida pode ter conseqüências sérias. Por exemplo, no caso de haver necessidade de um parto por cesariana, a gordura atrapalha muito.
A cadela em gestação tem necessidade de muitas proteínas e uma complementação alimentar de cálcio e sais minerais. As proteínas podem ser encontradas nos próprios alimentos como a carne, o leite, verduras ou ração. No entanto, o cálcio e os sais minerais como ferro, cobre, flúor, manganês e outros, só devem ser ministrados com orientação do veterinário. O proprietário deve estar sempre atento para que a cadela tenha água limpa e fresca à vontade.
Com o passar do tempo, os filhotes começam a crescer no útero da mãe. Este se distende e passa a ocupar um espaço maior. Isso faz com que o útero acabe por deslocar outros órgãos como a bexiga, o intestino e o estômago, provocando uma diminuição do movimento intestinal. Nesse período da gestação é importante evitar que a cadela receba alimentos que possam aumentar a fermentação em seu organismo. Assim, os farináceos devem ser totalmente evitados, pois propiciam a formação de gases e, como conseqüência, aparecem as cólicas intestinais.
Um cuidado para evitar problemas digestivos é oferecer à cadela um maior número de refeições por dia, com quantidades menores de alimento de cada vez. Exercícios moderados até a época do parto também ajudam a manter a forma e a disposição da futura mamãe.
A alimentação indicada, rica em proteínas, deve inclusive ser mantida depois do nascimento dos filhotes já que, durante a amamentação, as exigências alimentares da cadela continuarão.
Se dermos condições ideais de alimentação à cadela, desde o cruzamento até o desmame, teremos filhotes bem formados, fortes e saudáveis e, principalmente, uma mãe sem deficiências, que não terá corrido riscos desnecessários e trará, ainda, muitas alegrias a seus donos.